Estava ansiosa enquanto aguardava na recepção do banco na Faria Lima. Aos 22 anos, essa vaga de estágio jurídico era essencial para mim. Vestida com um discreto vestido preto que delineava minhas curvas, tentei me concentrar, mas algo no ar era diferente. Quando a assistente me chamou para uma pequena sala de vidro, respondi a todas as perguntas básicas, mas minha mente já começava a vagar.
“Vou chamar o Dr. Ricardo”, ela disse. Quando ela saiu, cruzei as pernas de forma sutil, o vestido subindo só um pouco, deixando visível o suficiente para atrair atenção. Eu sabia o efeito que poderia causar.
Ricardo entrou. Alto, confiante, seus olhos encontraram os meus por mais tempo do que o necessário. Começou a falar sobre minhas qualificações, mas eu sabia que estava lançando sinais. O jeito que inclinei meu corpo na direção dele, como passei a língua pelos lábios antes de responder. Pequenos gestos que começavam a mudar o tom da conversa.
Percebi o momento exato em que ele captou esses sinais. Sua postura relaxou, e o olhar firme que ele tinha assumiu um brilho diferente. A tensão aumentava a cada segundo. No meio de uma das minhas respostas, ajeitei o cabelo, expondo o pescoço por um breve instante. Seus olhos seguiram o movimento, e um sorriso discreto apareceu em seu rosto.
“Você parece muito qualificada para a vaga”, disse Ricardo, agora com a voz mais baixa. Ele se levantou e fechou lentamente as persianas. A sala ficou mais íntima, quase isolada do resto do mundo. Meu coração acelerou. Estávamos em terreno perigoso, e o perigo era exatamente o que tornava tudo mais excitante.
Quando ele voltou para mim, a tensão era tão palpável que eu mal conseguia respirar. Ele se aproximou da mesa, seu rosto a centímetros do meu. Fui eu quem tomou a iniciativa. Toquei de leve seu pulso, como um gesto inocente, mas o suficiente para ele perceber que o caminho estava aberto.
Ricardo não hesitou. Ele me puxou para cima da mesa, suas mãos explorando minhas costas enquanto nossos corpos se encontravam com urgência. O beijo foi intenso, suas mãos firmes na minha cintura. Meus dedos correram por seu pescoço enquanto ele me segurava com mais força, pressionando meu corpo contra o dele. O som abafado de roupas se movendo e gemidos contidos preenchia o ambiente.
Ele me virou de costas, pressionando meu corpo contra a mesa, o rosto próximo ao meu ouvido. “Você é incrível”, ele sussurrou, sua voz grave me arrepiando. Meu corpo reagia a cada toque, a cada palavra.
Eu não conseguia evitar os gemidos, mas sabia que não podíamos ser pegos. Ele percebeu e colocou a mão sobre minha boca, abafando o som. O controle dele, a força com que me mantinha ali, me deixava ainda mais entregue. O ritmo aumentava, e eu sentia cada movimento dele mais profundo e intenso, o desejo aumentando a cada segundo.
“Mais rápido”, implorei, a voz abafada pela mão dele. E ele atendeu. A mesa tremia sob nós, e a possibilidade de alguém entrar a qualquer momento só fazia o calor entre nós aumentar. O clímax chegou rápido, intenso, e por um instante, o mundo parou.
Quando finalmente nos afastamos, ofegantes, ele ajeitou a gravata como se nada tivesse acontecido. Eu desci da mesa, alisei meu vestido e passei os dedos pelos cabelos, tentando parecer composta. Um sorriso discreto surgiu nos meus lábios.
“Parabéns, Ana, a vaga é sua”, disse ele, com a voz controlada.
Saí da sala com um sorriso, sabendo que aquela seria uma entrevista que eu jamais esqueceria.