Ondas de Prazer

O sol estava se pondo, e eu podia sentir o calor do dia ainda residindo na areia sob meus pés. A praia estava quase vazia. Só algumas pessoas distantes, jogando frescobol, mas para mim, naquele momento, o mundo se resumia a mim e Felipe.

Ele estava andando ao meu lado, rindo de algo que eu havia dito. Eu nem me lembrava do que era, mas o som da risada dele me fazia sorrir. Havia uma tensão entre nós o dia todo. Aquele tipo de tensão que cresce devagar, meio que em silêncio, até que você não consegue mais ignorar.

Olhei para o horizonte, o céu alaranjado refletindo no mar calmo. A água parecia convidativa, e uma ideia começou a se formar na minha cabeça. Eu já sabia o que queria. Aquele calor que sentia não vinha só do sol. Havia algo mais que me queimava por dentro, e o mar, com sua promessa de isolamento, parecia perfeito.

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“Você acha que dá tempo antes de escurecer?” A pergunta saiu de forma quase inocente, mas o sorriso que dei para Felipe entregou o que eu realmente queria dizer. Ele me olhou com aquela expressão que eu adorava, meio desconfiado, mas já sabendo onde aquilo ia parar.

“Dá, mas… a gente tem que ser rápidos”, ele respondeu, olhando ao redor. Ainda havia algumas pessoas pela praia, mas nenhuma tão perto que pudesse prestar atenção.

“Tipo a Cicarelli, né?” Eu brinquei, deixando escapar uma risadinha. O episódio famoso de Daniela Cicarelli no mar veio à tona, e eu não pude resistir à piada. Felipe riu, mas sabia que eu estava falando sério.

Fomos correndo para a água, sem perder tempo. Quando os primeiros respingos frios tocaram minha pele, eu senti uma onda de adrenalina. Mergulhei rápido, sentindo a água morna me envolver. Felipe logo me seguiu, e nós nadamos mais para longe, onde as ondas eram mais suaves e a água nos escondia melhor.

A brincadeira ainda estava lá, mas eu já sabia o que queria. Quando emergi do mergulho, virei para olhar Felipe nadando até mim. O sol já estava quase sumindo no horizonte, e o brilho da água ao nosso redor criava uma atmosfera mágica, quase irreal. Eu sabia que era o momento perfeito.

Felipe se aproximou, e dessa vez não foi com o mesmo riso despreocupado de antes. Havia algo diferente no ar, algo que vinha crescendo entre nós durante todo o dia. Ele me puxou para mais perto, e o toque dele me fez esquecer qualquer coisa ao redor. As pessoas na praia, o som do frescobol ao longe, tudo sumiu.

Senti suas mãos deslizarem pela minha cintura, e o frio da água contra a minha pele quente tornava tudo ainda mais intenso. Meu coração estava acelerado, e não era só pela adrenalina de estarmos no mar. Era a combinação do risco, do desejo, e do fato de estarmos ali, sozinhos, quase como se o mundo todo tivesse desaparecido.

“O que você acha, Ana? A gente vai se safar como a Cicarelli?” ele murmurou no meu ouvido, com aquele tom de desafio.

Sorri, sem conseguir evitar. Havia algo tão excitante na ideia de estarmos ali, no meio do mar, sabendo que a qualquer momento alguém poderia olhar em nossa direção e nos ver. Mas, ao mesmo tempo, a distância e a cobertura das ondas nos davam uma falsa sensação de segurança.

“Se ela conseguiu, a gente também consegue”, respondi, minha voz soando mais provocativa do que eu pretendia. Felipe riu de novo, mas dessa vez foi um riso curto, porque logo nossos lábios se encontraram.

O mar nos cercava, a água morna subindo até o peito, e nossos corpos se moviam com o ritmo das ondas. A sensação de estar ali, tão exposta e ao mesmo tempo tão escondida, fazia tudo parecer ainda mais intenso. A cada toque, a cada beijo, eu sentia meu corpo reagir, me afundando mais na mistura de adrenalina e desejo.

De vez em quando, eu olhava para a praia, só para me certificar de que ninguém estava prestando atenção. Mas, ao mesmo tempo, havia uma parte de mim que gostava do risco. A ideia de que, se alguém olhasse naquela direção, poderia nos ver. Isso só fazia meu coração bater mais rápido.

As mãos de Felipe exploravam minha pele molhada, e eu me deixei levar, entregue ao momento. Cada onda que nos balançava parecia amplificar o que eu sentia, como se o mar estivesse participando do nosso pequeno segredo.

Eu joguei uma perna ao redor da cintura dele, me segurando com mais firmeza. Ele segurou minha coxa, me mantendo firme, enquanto eu me pressionava contra ele. “Vai com força”, sussurrei no ouvido dele, minha voz trêmula de desejo.

Felipe obedeceu, suas mãos apertando meus quadris com mais intensidade, me puxando com firmeza a cada movimento. Eu gemia baixinho, o som abafado pela água e pelas ondas ao nosso redor. “Adoro quando você faz isso comigo”, confessei, sem me preocupar em esconder o que estava sentindo.

Ele sorriu, murmurando: “Você gosta assim, não é?” enquanto seus lábios roçavam meu pescoço, e eu me arqueava contra ele, os corpos colados, seguindo o ritmo das ondas.

Para me dar mais apoio, ele colocou uma das mãos nas minhas costas e a outra na parte de trás da minha coxa, me segurando com força enquanto se movia contra mim. A água ao redor nos envolvia, amortecendo os movimentos, mas ao mesmo tempo tornando tudo mais sensual e fluido.

“Assim… desse jeito… com força…” eu pedi, meu corpo inteiro tremendo enquanto ele me puxava ainda mais para perto. A cada movimento, a cada toque, eu sentia o prazer crescendo, me levando mais perto do limite.

Felipe soltou minha perna e me virou levemente de lado, ajustando nossos corpos de forma que ele pudesse me segurar melhor. Agora, com uma perna ao redor de sua cintura, a profundidade dos movimentos aumentou, e eu gemi mais alto, incapaz de conter o prazer. “Não para… assim mesmo…”, implorei, sentindo o clímax se aproximando rapidamente.

Ele segurou minha coxa com mais força, me puxando de encontro a ele com um ritmo firme e constante. O mar parecia colaborar, as ondas empurrando nossos corpos de forma ritmada, como se fossem cúmplices. E então, o clímax chegou, como uma onda quebrando sobre nós. O prazer foi avassalador, nossos corpos tremendo juntos, presos naquele momento intenso.

Quando finalmente me soltei, ainda ofegante, sorri para Felipe. “Acho que a Cicarelli ia ter inveja disso”, brinquei, tentando recuperar o fôlego, e ele apenas riu, com aquele olhar satisfeito que eu adorava.

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