Turbulência Privada

O voo de Brasília para São Paulo seguia tranquilo, mas, ao contrário do ambiente ao meu redor, meu corpo estava tomado por uma tensão crescente. Desde o embarque, os olhares entre mim e o homem ao meu lado haviam passado de curiosidade para algo mais carregado, uma energia silenciosa que parecia dominar o ar.

Ele era um desconhecido, e a troca de olhares poderia ter parado ali, mas algo em mim decidiu seguir em frente. Eu estava cansada da rotina, do previsível. O avião estava lotado, mas parecia que havia apenas nós dois ali, em um universo próprio. Resolvi testar os limites. Sutilmente, deixei minha mão escorregar até sua perna, tocando de leve, como quem não quer nada. Ele reagiu com um olhar rápido, mas não afastou a mão. Era o sinal que eu precisava.

Continuei, deixando minha mão repousar um pouco mais firme sobre sua coxa, desenhando pequenos círculos com os dedos. Ele olhou de relance, desta vez entendendo o jogo. Senti o calor subir pelo meu corpo, e, sorrindo levemente, inclinei-me para ele, minha voz baixa, quase um sussurro: “Talvez a gente possa tornar essa viagem mais interessante.”

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Ele hesitou por um momento, mas o sorriso malicioso que surgiu no rosto dele me deu a confirmação. “O que você tem em mente?”, ele perguntou, sua voz baixa, porém cheia de malícia. A conexão entre nós já estava clara, e eu podia ver a curiosidade e o desejo começarem a transparecer.

“Talvez devêssemos dar uma volta até o fundo do avião”, provoquei, minha mão subindo um pouco mais pela perna dele.

Ele riu baixinho, agora completamente dentro do jogo. “Acho que o banheiro lá atrás está livre”, disse, e eu soube que ele estava pronto para levar aquilo adiante.

Meu coração bateu mais rápido com a expectativa. Olhei em volta para ter certeza de que ninguém prestava atenção em nós, então sussurrei: “Vai na frente. Depois eu te encontro.”

Ele assentiu e se levantou, caminhando pelo corredor como se fosse apenas mais um passageiro indo ao banheiro. Esperei alguns minutos, cada segundo parecendo uma eternidade, até me levantar também, fingindo casualidade. Caminhei até o fundo do avião e bati de leve na porta do banheiro. Ele abriu a porta com um sorriso, e eu entrei, fechando-a rapidamente atrás de mim.

O banheiro era pequeno, apertado, mas a proximidade entre nós tornava tudo mais intenso. Ele me puxou imediatamente, nossos corpos colados no pouco espaço que tínhamos. Nossas bocas se encontraram em um beijo urgente, cheio de desejo reprimido, e as mãos dele começaram a explorar meu corpo, deslizando pela minha cintura.

Ele levantou minha perna, ajustando nossos corpos da melhor maneira que o espaço permitia, e eu me segurei nos ombros dele para manter o equilíbrio. “Assim… com força…” murmurei, tentando não fazer barulho demais, mas a intensidade do momento tornava isso difícil. Seus movimentos eram firmes, apesar do espaço limitado, e eu sentia cada toque de forma amplificada.

Suas mãos rapidamente afastaram a calcinha, e eu já não conseguia segurar os gemidos que escapavam baixinho. A cada movimento dele, meu corpo respondia, e o aperto do espaço fazia tudo parecer mais eletrizante. Tentava morder o lábio para me controlar, mas em um dado momento, um gemido mais alto escapou. Nós dois congelamos por um segundo e trocamos um olhar cúmplice.

“Shhh… vão nos ouvir”, ele riu baixinho, a voz maliciosa, e eu precisei abafar minha própria risada.

Meus dedos se cravaram em seus ombros, enquanto ele se movia com precisão. Mesmo no espaço apertado, cada investida era intensa, e o prazer crescia rápido. “Continua… assim…” sussurrei, minha voz entrecortada pelo prazer crescente.

Quando o clímax finalmente veio, precisei cobrir minha boca com as mãos para abafar o som. Meu corpo inteiro tremia de prazer, e ele estava da mesma forma, ofegante, se segurando para não fazer barulho. Ficamos ali por alguns segundos, rindo baixinho da loucura da situação, ainda tentando recuperar o fôlego.

“Você está… um pouco desarrumada”, ele comentou, com um sorriso enquanto tentava ajeitar meu cabelo.

Eu ri, olhando para ele, e tentei desamassar minha blusa. “Você também não está muito melhor”, brinquei, observando a camisa visivelmente amassada.

Respirei fundo, me olhando no pequeno espelho do banheiro, enquanto ele tentava ajeitar a própria roupa. Sabíamos que, ao sair, precisaríamos parecer normais. Ele saiu primeiro, caminhando com calma de volta ao assento, e eu esperei alguns minutos antes de sair também, ajeitando o máximo possível minha roupa e o cabelo.

Quando voltei ao meu assento, trocamos um olhar rápido, e o sorriso que ele me deu deixou claro que aquele voo seria inesquecível. Sentada ao lado dele, ainda sentia o calor em meu corpo, e sabia que, mesmo com a fachada de normalidade, carregávamos um segredo entre nós dois.

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